luz(c)-i-fé(r)

no clarão da madrugada

quando a lua fez o dia

ele surgiu como um anjo

trazendo na voz a canção

cheia de força e magia

no apoio do braço o banjo

entoando a feliz melodia...

mas logo depois veio a fonte...

e o apelidaram de mau

de destruidor da beleza

de destronador da pureza

da vida o eterno chacal

ainda que tanta maldade

ocorra nos cantos da vida

da fonte a infantil sutileza

não nos concedeu a guarida

e a gente ficou na saudade

sem ter para onde fugir

ou um lugar pra cantar...

Rio, 13/02/2007