RELEMBRANDO O PREVISTO
RELEMBRANDO O PREVISTO
Ei! Vem! Saiamos ao campo
Vejamos se já floresce a Figueira
Lá te daremos o seu fruto
E nos dessedentaremos na ribeira
Olha já declina o dia
E os guardas já rondam a cidade
Presto findará a lida
E então virá a tarde
Vê os albores do horizonte
Seu matiz prenuncia a noite
Hoje é mais tarde do que ontem
E um selo se abrirá com açoite
A natureza chora e definha
A terra geme e sacode
Eis que um milênio declina
E outro presto acode
Os homens fazem previsões alvissareiras
E desejam que elas se cumpram
Falam de uma nova consciência
E anunciam uma “nova era”
Mas isso são devaneios
Sonhos utópicos
São vãos desejos
De um povo pernóstico
A terra balança como um ébrio
Sacode como uma rede de dormir
Do sol se extingue o Hélio
Da terra o pão virá a se exaurir
Não tenhas vãs ilusões
Desperta antes da noite
Não te inebriem divagações
E vigia enquanto podes
Existem dois caminhos
E existem duas opções
O melhor é o apertadinho
O outro é de ilusões
O primeiro leva à vida
O segundo leva ao inferno
Aquele para cima
O outro ao inverso
Neste caminha a maioria
No primeiro, caminham poucos
Naquele tem armadilhas
É incerto e tortuoso
Vê o que faz a maioria
E disso te desvia
De tudo fácil, suspeita
Essa é a enganosa trilha
Aqui felicidade não existe
Talvez, alguns momentos
E com certeza serão felizes
Os que guardam os mandamentos
Pois isso disse o Mestre
Chamado O Filho do homem
Portanto não conteste
Mas aceite o seu nome.
Oli Prestes
Missionário