FRANCISCO DE ASSIS
Numa casinha modesta
Mariazinha chorava
Olhava por uma fresta
O cão que agonizava.
Uma doença medonha
Do cãozinho judiava
Ha mais de uma semana
Sem recurso se encontrava.
Naquela tapera fria
Definhava a gemer
Só um milagre faria
Ele voltar a viver.
Na porta então surgiu
Um homem diferente vestido
Um copo de água pediu
E olhou o cão comovido.
Com os seus dedos molhou
A boca do cão que sofria
"Acorda em paz, meu irmão"
É o fim da tua agonia.
O cão levantou latindo
Do homem lambeu a mão
Para o quintal foi saindo
Deixando a doença ao chão.
A menina ajoelhada
Julgando o homem doutor
Perguntou-lhe emocionada
De onde veio o senhor?
Do céu eu sou o enviado
Com quem você pode contar
Por Deus também fui criado
Para a natureza amar.
Basta um só pensamento
De AMOR, para me chamar
Por FRANCISCO DE ASSIS eu atendo
Em qualquer hora e lugar!