Campanário .

Pelo tempo que olhamos o campanário;

Suspira a lágrima de um sonho deixado!

Na tarde, que pulsona a veia de lembrança,

Deixando a passagem pelo rio entardecido.

Simples hora, do pouso da borboleta ao trigo.

Olhando a volta do mar, pela espada ferida;

Doce foi-se a esperança de folhas suplicadas!

Por onde, as mãos, respiram seus terçarem

de asa delta, ao encontro da geada iluminada.

Se as palavras respiram, meu ombro contigo,

Cultuas a esperança de lançar a crista da luz.

Pelo caminho do ventre e a realeza do gotejar.

Procurando o pulo, da ambição, feito nas vidas.

Alinha-se a rosa, pelo traço da orquídea vermelha!

Desdenha às areias, que cavam aos pés seu medo.

Preocupa-se em repartir o vento, pela aliança feita.

E das águas o torvelinho florido pelos desertos...

Sob a lua, deixada na estrela, alimenta-se em gelo!

Das palavras em crino, se ampara a tormenta d'alma.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 09/04/2015
Código do texto: T5200993
Classificação de conteúdo: seguro