Feitas em Escravidões .

Quantas vezes precisei prantear para entender-me!

As lágrimas afundam meu ser,

deixando um gosto de minha vivência afetiva.

Encontrei palavras certas aos dias,

mas as horas são dias vermelhos.

Com o calor do meu peito

vou descrevendo minha vida assistida.

Encontrando tantas vidas paralelas.

Assim minhas verdades se gravam e com elas

tornam um despertar na alma que sente o falar.

Descobri que o tempo é réu

e com ele, todos tem suas dívidas.

Feitas em escravidões ao solo ouvinte.

Desde pequenino eu estava presente na solidão,

encontrava o amor ao ter a sombra de um sol.

Toda vez que caminhei, ficava imaginando

meu tempo sendo feito perfeito,

mas algo não o revelou, tornei-me ímpar de mim.

As vezes ditados estão para serem quebrados.

E com isto o destino é fascinado nas noites

com o dizer crescente em versões mais belas.

Sempre acreditei na vida, do solo ao vento em dias

pelo transcender d'alma fiel, não temos que temer

as redomas do obscuro lado ofertado, as palavras

guiam-se na voz que ecoa em pensamentos

sobre o olhar que revela-se, o futuro abstrato.

Sinto o poder de ver, sempre ao notar um toque feito.

A sabedoria é doada e assim nos permitem intervim.

Sabemos que tudo há algo por se explicar e perceber

que ali estará um espírito alimentando uma vida em aura.

Poucos tem o dom de ver o que acentuam, mas ao se

ater da aurora o prazer se torna cinza do holocausto

e ali bem pertinho se tem o aviso do espelho atingido.

A voz maior é que sublinha o momento perfeito tido.

Por onde eu ando, revelo tuas palavras encobertas!

Resta-me mencionar que não se absténs das figueiras

pois a romã fértil a alimenta ao sabor do guia ousado

não deixando seus passos errados, pois a cada conto!

Está a perfeição, que a vida que me continha era a sua feita.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 07/04/2015
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