OLHA-ME A MINHA ALMA

Olha-me a minha alma

sem eu a ver,

com os teus olhos

perispirituais;

mas a vejo em sonhos

como eterno ser,

habituada a estágios

em vidas carnais.

Sinto-a em mim,

porque sei lhe perceber

em pensamento,

mediante os teus sinais

em versos metafísicos,

os quais estou sempre

a fazer, a fluírem

de mim, tão sutis,

pelas vias espirituais.

Olho-te também,

alma minha, embora

o meu ver-te,

ainda não alcance

plenamente,

o que Deus doa-te

em valia moral;

mas em filosofia

poética, te sinto, te vejo,

e preciso crer-te,

não só em meus versos,

mas igualmente,

em boas ações, exercidas

no labor carnal.

E de tanto te sentir

e te ver em meu interior,

por meios introspectivos,

já te sei tão evolutiva,

tão eterna, mesmo

sofrendo em tuas

etapas experimentais;

posto que, em tuas

vivências carnais,

não morres, porém vives,

quais os seres espirituais

redivivos, que aprimoram

aos poucos, a consciência

aprendiz, através

do exercício construtivo

dos bens morais.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 07/04/2015
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T5197859
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