O DESISTIDO
Tal crença dos fiéis em soberania divina
Me visto de preto e consagro o nada além
Tanto caos e desgraças acontecem em esquinas
Estranhos corpos virtuais no céu de alguém.
Cultivam os sabores da carne branca dos anjos
Sem paladar da escravidão terrena sacrificada
Mastigados aos bolos pães duros engolidos em bandos
Embebido ao sangue do sacrifício em mão armada.
Caio ao chão sorrindo a dor do pecado
Curvando o caos da indignação cristã alheia
Suprindo a maldição da palavra de um ente amado
Cuspindo a culpa da má criação do corpo de sereia.
Sou visto e esquisitizado em podre veneno
Causando medo e temor por ser destemido
Sem imaginarem a cor brilhando em suor moreno
Que inicia a batalha duradoura do desistido.