Liberté

Minha natureza é livre

Como a própria natureza

E aquilo que, aos teus

Olhos é libertinagem,

Aos olhos do meu espírito

É tão somente liberdade.

Corro despido pelo

Verde descampado,

Embalado pelo brado

Calado de grandes árvores.

Pouco me importa se

Me olhas com censura,

Pois a minha alma é pura.

Não se atreva a prender-me!

Não se atreva a controlar-me!

Saiba que não se

Faz cativo um espírito livre,

Mas há que se cativar

Este mesmo espírito livre,

Dispa-se de seu pudor,

Vista-se com seu amor e

Sinta-me com fervor,

Receba meu calor em

Seu reprimido interior.

Olhe-me com a doçura

Tão típica de uma flor

E sem temor, abra suas

Imensas asas... dê um

Passo e voe como um pássaro!