naturalidade VI
Ando pelas ruas desta cidade
Poetas dizem que morri
Pessoas riem de minha paixão
Mas caminho com passos firmes
Em meio a opressores
Distante dos traidores
Debaixo das asas de cada lição
Por tempos eu pisei em brasas
Embriaguei-me em falsas palavras
Foi como uma enxurrada de destruição
Vaguei por minha mocidade
Cantei cânticos de liberdade
Com o coração atado a solidão
Tenho olhos que tempo sonhos que ele reprime
Não pretendo jogar-me
Como flecha envenenada num alvo sublime
Não, penso que não.
Prefiro a naturalidade dos meu versos
Não acho que os poetas morrem são poemas eternos
Eu so preservo o meu amor
Que o alfa e o omega de tudo isto.