SALMO DE SETEMBRO
É noite, ó Mestre das Estrelas...
E Teus discípulos avançam na noite.
E seus sonhos têm o perfume dos jardins.
Dos jardins transfigurados, castos,
que tocam o corpo e o rosto
para sempre.
É noite, ó Mestre dos Vendavais...
Nossas asas balouçam, nossas margens se irrigam.
E muitas vezes, sem querer,
nos tornamos prisioneiros de nós mesmos.
É noite, ó Mestre do Amor...
Nascemos de um beijo de amor,
de uma alegria que nos concebeu
em êxtase secreto, em colheita eterna.
Ó, Mestre, como numa canção livre e ardente,
recebamos mais um dia de setembro.
Não o negro dia,
-aquele que tingiu de vermelho
o rosto da humanidade-
mas sim, um dia em que nossa esperança renasça
seguindo os anjos da nossa infância.
Pois que ainda criança somos todos,
aprendendo a viver...
De ramos verdes vestem-se Teus jardins,
e, um dia, também
nos dispersaremos no solo
como Tuas folhas de outono.
E que nesse Teu tempo de colheita,
já tenhamos aprendido
a lição da paz.
(*) republicação, 2006
imagem: Super beautiful photos (fb)
É noite, ó Mestre das Estrelas...
E Teus discípulos avançam na noite.
E seus sonhos têm o perfume dos jardins.
Dos jardins transfigurados, castos,
que tocam o corpo e o rosto
para sempre.
É noite, ó Mestre dos Vendavais...
Nossas asas balouçam, nossas margens se irrigam.
E muitas vezes, sem querer,
nos tornamos prisioneiros de nós mesmos.
É noite, ó Mestre do Amor...
Nascemos de um beijo de amor,
de uma alegria que nos concebeu
em êxtase secreto, em colheita eterna.
Ó, Mestre, como numa canção livre e ardente,
recebamos mais um dia de setembro.
Não o negro dia,
-aquele que tingiu de vermelho
o rosto da humanidade-
mas sim, um dia em que nossa esperança renasça
seguindo os anjos da nossa infância.
Pois que ainda criança somos todos,
aprendendo a viver...
De ramos verdes vestem-se Teus jardins,
e, um dia, também
nos dispersaremos no solo
como Tuas folhas de outono.
E que nesse Teu tempo de colheita,
já tenhamos aprendido
a lição da paz.
(*) republicação, 2006
imagem: Super beautiful photos (fb)