Sonho, penso... perco

Sonho sempre com meu começo.

Penso sempre no meu fim,

com muitas condecorações e alegorias

para dar sentido a essa enfadonha vida

mecanizada

capitalizada.

Destaco meu ego,

mas perco minha individualidade,

revoltando-me por ser mais um número

nessa estúpida história dos humanos.

Nas atribulações dos encontros,

disfarço o encontro comigo mesmo,

por não suportar a dor

de ter a consciência da minha nadificação.

Mas sobra uma vasta sombra de dúvida.

A vida enquanto é tempo.

Sonho, penso... e perco, às vezes,

no infinito das minhas ilusões.

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 28/08/2014
Código do texto: T4940905
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