Irrelevância Contida
Irrelevante em absoluto eu sou,
Chacinado pela inconstância,
O enfado que o meu andar pisou,
Foi infeliz mera circunstância.
Quando nos deparamos com o vazio,
Da essência desmaterializada ao ínfimo,
E nos deparamos com o afundar do navio,
Na falência incrédula do ideal homónimo.
A vetusta pequenez do nosso orgulho,
Que nos alimenta com nada o nosso ego,
Resta-nos no indesejado último mergulho,
Que nos venham pregar o derradeiro prego.
Sou tão pequenino pois sou,
Irei para donde vim é certo,
O tempo à minha passagem soçobrou,
Acabando assim finalmente o incerto.
Lisboa, 27-9-2013