A MORTE

A morte é o subconsciente de uma sociedade totalmente hipócrita que se preocupa com sua aparência.

E aos poucos vão criando para si, uma redoma totalmente invulnerável pensando que isso as tornariam eternamentes vivas.

Os seus corpos vão adoecendo, os seus pêlos caiem, a sua pele tornando se cada vez mais ásperas, até chegar ao ponto de que os seus órgãos parem totalmente.

A morte, muitas vezes é definida como um mau agouro, mais ela também é a mais linda poesia de uma vida sofrida, de alegrias, de um amor resolvido.

O amor entre a vida e a morte.

Pois vivemos intensamente a procura de que queremos no presente, e que o passado, onde um dia fomos guerreiros e heróis, são enterrados numa cova, onde apenas as lembranças as desenterram, e cada anoitecer, vivenciamos um futuro incerto e enigmático.

Por não temos a certeza de onde estaremos.

A morte, é como o cair de uma folha da árvore, que aos poucos vai planando sobre a brisa suave, até chegar suavemente nos abraços do solo.

Levando consigo, as lembranças de uma vida, e deixando marcas nos corações.

A morte não é misteriosa, e tão pouco indesejada, com ela aprendemos a evoluir de uma forma iluminada.

Pois os nossos espíritos estão preparados para isso, mais os nossos concientes ainda não.

Atribulamos os nossos fracassos, as nossas vidas sobrecarregadas, deixando que cada sentimento ruim despedaça uma parte de nossos sonhos.

A morte, é o descansar de nossa alma, é a limpeza de uma vida terrena, onde as nossas vidas foram marcadas.

É a purificação, a absolvição de nossos pensamentos levianos.

A morte, não é o fim, é o início de uma nova existência.

Albatroz Solitário
Enviado por Albatroz Solitário em 05/08/2014
Reeditado em 05/08/2014
Código do texto: T4910374
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