O VOO FLUÍDICO DA ALMA

Morrer, para mim,

é voar à liberdade,

da vida espírita

que me espera,

nos etéreos céus

da eternidade.

Então, para quê,

temer a morte,

se esta liberta

a alma presa

à carne perecível?

Se não existisse

uma outra vida

após a morte carnal,

Deus não seria Deus,

não nos doando

a vida eterna.

A morte, portanto,

é uma recompensa;

( boa ou má ),

à alma estagiária

no vaso corpóreo;

boa, se a alma

bem se conduz;

e má, se a alma

mal se conduz.

Se mal me conduzo,

como alma aprendiz,

a morte me leva

à ínfima treva

do reles umbral.

Se bem me conduzo,

como quem se aplica

à lição didática

que ainda não sabe,

a morte me eleva

às alturas sublimes

da vida espiritual.

Nas asas da morte,

voo como pássaro

livre, na ventania

da vida invisível,

ao âmago de Deus.

Voo como os anjos,

que, sem hora certa

para servir a Jesus,

a qualquer hora

servem felizes,

como fiéis obreiros

das nobres missões

que lhe são fiadas.

A morte é, deveras,

o fim do vaso carnal!

Mas é, também,

absolutamente,

o voo fluídico da alma,

( ser distinto da carne )

à vida espiritual,

que Deus lhe destina

para ser eterna!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 09/07/2014
Código do texto: T4875361
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.