O MESMO DE MIM
Acho bem melhor admitir como espírito que não tenho fim;
O que finda, se transforma; o que não finda será eterno.
Após o meu desenlace, continuo sendo eu, o mesmo de mim,
Numa sequência de vida, boa ou ruim, no céu ou no inferno.
Como espírito aprendiz, evoluo em dois mundos distintos,
Sem jamais perder a razão que caracteriza a minha eternidade.
Outrora habitei em seres carnais, vasos corpóreos já extintos,
E hoje acumulo experimentos em minha incessante realidade.
Não me ocupo em sonhar com o real do meu viver carnal,
Pois o meu espírito sonha mais com a realidade surreal.
Embora eu ainda sonhe com a crueldade das almas inferiores,
Creio nos bens morais que as convertam em almas superiores.
Assim, sou o mesmo de mim, em todas as épocas da humanidade.
Ainda tenho muito que aprender até o alcance da feliz eternidade!
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