A CRIANÇA E O PÁTIO

Na manhã de estio,

o pequeno pátio

abriga a criança,

que alegre,

brinca e canta,

em sua inocência

corpórea.

Brinca e canta, criança,

no pátio da esperança!

No pátio,

alguns espíritos chegam

( anjos puros de Deus ),

e também brincam

com a criança contente,

cuja alma encarnada

no corpinho mancebo,

recebe com puerilidade,

a nobre visita

dos seus amigos espirituais.

A criança o veem,

com os seus olhos

espirituais,

que naquele momento

lhe fora permitido

por Deus, enxergá-los.

Brinca e canta, criança,

no pátio da esperança!

O pátio pode ser,

esse mundo cruel

vivo e doméstico;

a prisão urbana

no lar da criança.

Mas, ao mesmo tempo,

o pátio é também,

o diminuto espaço

por onde a criança

delineia o seu porvir.

Os anjos estão ali,

humildes e bondosos;

com a criança, brincam,

em lazer espiritual;

com a criança, cantam,

a música celestial.

Os anjos sabem,

que a alma

madura da criança,

paciente, espera

a hora oportuna,

de por em prática

a elevada missão

designada por Deus.

Brinca e canta, criança,

no pátio da esperança!

No pátio,

o sol de estio,

cede a sua presença

ao sol espiritual,

que cheio de luzes

benevolentes,

transfigura-o

em templo sagrado

das hostes celestiais.

Os anjos pueris

se despedem da criança,

que dá adeus

aos seus amigos

espirituais;

e o sol,

na manhã de estio,

volta a iluminar,

com a sua luz natural,

o pátio material.

Brinca e canta, criança,

que no pátio,

o Mestre Jesus

é a viva

e eterna esperança!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 02/06/2014
Código do texto: T4829180
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