A CRIANÇA E O PÁTIO
Na manhã de estio,
o pequeno pátio
abriga a criança,
que alegre,
brinca e canta,
em sua inocência
corpórea.
Brinca e canta, criança,
no pátio da esperança!
No pátio,
alguns espíritos chegam
( anjos puros de Deus ),
e também brincam
com a criança contente,
cuja alma encarnada
no corpinho mancebo,
recebe com puerilidade,
a nobre visita
dos seus amigos espirituais.
A criança o veem,
com os seus olhos
espirituais,
que naquele momento
lhe fora permitido
por Deus, enxergá-los.
Brinca e canta, criança,
no pátio da esperança!
O pátio pode ser,
esse mundo cruel
vivo e doméstico;
a prisão urbana
no lar da criança.
Mas, ao mesmo tempo,
o pátio é também,
o diminuto espaço
por onde a criança
delineia o seu porvir.
Os anjos estão ali,
humildes e bondosos;
com a criança, brincam,
em lazer espiritual;
com a criança, cantam,
a música celestial.
Os anjos sabem,
que a alma
madura da criança,
paciente, espera
a hora oportuna,
de por em prática
a elevada missão
designada por Deus.
Brinca e canta, criança,
no pátio da esperança!
No pátio,
o sol de estio,
cede a sua presença
ao sol espiritual,
que cheio de luzes
benevolentes,
transfigura-o
em templo sagrado
das hostes celestiais.
Os anjos pueris
se despedem da criança,
que dá adeus
aos seus amigos
espirituais;
e o sol,
na manhã de estio,
volta a iluminar,
com a sua luz natural,
o pátio material.
Brinca e canta, criança,
que no pátio,
o Mestre Jesus
é a viva
e eterna esperança!