O Mundo é um Barco

Deixe-me significar as coisas tolas.

O verde vasto, o instante.

Deixe-me levar ao longe,

Salvar comigo um semblante.

Réplicas do quão real é a irrealidade,

De se ser o que não se é.

Na exaltação de vozes

Pregando a utópica salvação sem fé.

Deixe-me calcar as marcas de singularidade

Que reflitam nas intenções.

Que a influência seja um prólogo de brevidade

E todos acordem faltando os botões

Porque nesta vida vale o redor sem paisagem,

Vale o mundo único, um rio sem margem.

E mesmo sem um cais, uma direção ou porto

Haverá quem ancore nesse mundo solo, e encontre conforto.

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