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Portas abertas, portas fechadas

Num dia radiante!

Um útero, se nos abriu uma porta,
Que, em seguida, foi fechada pelo parto.

E o parto, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pela infância.

E a infância, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pela juventude.

E a juventude, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pela maturidade.

E a maturidade, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pela velhice.

E a velhice, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pelo término da jornada.

E o término da jornada se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pela sepultura.

E a sepultura, se nos abriu outra porta,
Que, em seguida, foi fechada pelo retorno à  vida espiritual.

E a vida espiritual, se nos abriu outra porta,
Porém, esta jamais se fecha.

E, jamais fechada,
Nos projeta rumo às estrelas

Avizinha-nos das mansões celestiais,
Ou das masmorras abismais.

Um desfrute dos caminhos que,
Em vida, decidimos caminhar

Das vitórias que,
Nas lutas, conseguimos conquistar.

E num dia qualquer, nas veredas do tempo!
Outra porta vai se abrir.

E atrás, momentaneamente,
Aquela, perene, irá fechar.

E num novo útero.
De posse de um novo corpo.

Novas portas, hão de se abrir!