O cochilo

O cochilo

E eu cochilei.

Talvez tenha sido longo demais.

Faz bem cochilar.

É um docinho que a gente tem.

Cochilar de mansinho

e despertar tão bem,

e devagarinho...

Mas desta vez ….

Minha alma mansa,

vinha atordoada.

Que foi meu Deus?

Não me lembro de nada….

Talvez de um murmúrio?

Um cântico doce.

Sons de melodias.

De harpas encantadas.

Eu estava a sonhar?

Ou estava assustada?

Reparei então,

que a minha janela

estava aberta.

As cortinas soltas,

brancas imaculadas.

Dançavam ondeadas…

Pareciam anjos...

E eu assombrada….

Um perfume a rosas,

e à brisa do mar,

pairava no ar.

Eu fiquei então,

sem poder falar.

Porque a nostalgia.

Naquela tardinha.

de fim de dia.

em que cochilei.

E ao despertar

eu me assustei.

Tomou meus sentidos

E a poesia,

fez-me companhia.

Ditou-me as rimas

que estou a escrever,

e que irei dizer para sossegar.

Despertei enfim do transe sentido.

Mas que foi bonito,

isso eu direi.

Porque veio alguém que me visitou.

Talvez minha mãe…que muito me amou…

E um anjo dos céus a acompanhou….

De: Tétita

2007-05-08

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 08/05/2007
Reeditado em 14/05/2007
Código do texto: T479005
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