Nos braços de Morfeu
 
 
Eu não sou ouro, se fosse reluziria centelhas de raios
Para iluminar os caminhos, orientar seus passos,
A fim de evitar dissabores, amarguras e olhares de soslaio.

Eu não sou prata, se fosse minhas palavras de amor
Atingiriam como flecha o seu coração e certamente
Entenderias que é incondicional, não é um sentimento banal.

Eu não sou bronze, se fosse eu seria um sino a entoar
A nona sinfonia de Beethoven e embalaria suas noites
Com a ternura dos sopranos e tenores.

Enfim, como não sou metal, mas sim um ser humano normal
Sou detentora de um coração tridimensional
Que vive  a profundidade, a largura e a altura  do bem e do mal

Que  reclama silenciosamente  a sua presença
Na expectativa de um dia lhe convencer
De que há sim, ao seu redor, alguém  a lhe velar
Com o candeeiro de luz, enquanto dormes,
A magia do sono nos braços de Morfeu.