Morte... Vida... Renascer...
Morte... Vida... Renascer...
Não há um sucumbir à dor da morte
Há um se entregar
Talvez pelo cansaço...
Talvez pela esperança que há
No que vem depois...
Nessa hora...
As ilusões pedem passagem...
E aquele que viveu, amou , sentiu, sofreu
Com sinceridade...
Pode dizer de si, pra Deus...
Fiz tudo o que podia...
Lutei o bom combate...
Vivi as amarguras
E sorri nas alegrias...
Fui eu mesmo, sem tirar nem por...
Dei de mim o que há de melhor...
Compreendi e também não quis saber...
Indignei-me, errei...
E por vezes também acertei...
Amei todo o amor que sabia...
Amei...
Se é chegada a hora em que todos se igualam
Na mesma horizontalidade...
Se é chegada a hora
Em que não se pode fugir
À própria verdade...
Posso ir em paz comigo mesmo agora,
Um tempo se finda e outro começa
Nessa infinita faina do ser
Que nasce cresce, magoa, perdoa,
Envelhece...
E quando o seu coração já entende mais
Já sabe separar o conteúdo da forma...
O corpo fenece...
Bem na hora em que a alma
Mais se plenifica...
Não se pode crer que Deus,
Em sua Bondade Infinita,
Corte o fio da Vida
E não lhe dê continuidade...
Onde estaria a sabedoria
A perfeição, a bondade
Se tudo acabasse numa só vida?
Como acreditar que ELE
Onisciente, Onipotente,
Criasse para ver morrer
Simplesmente?
Quando a gente demora tanto
Pra crescer e ser gente...
Impossível pensar
Que não há outra chance,
Outra lógica na Vida
Senão a de poder nascer e Renascer!
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