Morte... Vida... Renascer...

Morte... Vida... Renascer...

Não há um sucumbir à dor da morte

Há um se entregar

Talvez pelo cansaço...

Talvez pela esperança que há

No que vem depois...

Nessa hora...

As ilusões pedem passagem...

E aquele que viveu, amou , sentiu, sofreu

Com sinceridade...

Pode dizer de si, pra Deus...

Fiz tudo o que podia...

Lutei o bom combate...

Vivi as amarguras

E sorri nas alegrias...

Fui eu mesmo, sem tirar nem por...

Dei de mim o que há de melhor...

Compreendi e também não quis saber...

Indignei-me, errei...

E por vezes também acertei...

Amei todo o amor que sabia...

Amei...

Se é chegada a hora em que todos se igualam

Na mesma horizontalidade...

Se é chegada a hora

Em que não se pode fugir

À própria verdade...

Posso ir em paz comigo mesmo agora,

Um tempo se finda e outro começa

Nessa infinita faina do ser

Que nasce cresce, magoa, perdoa,

Envelhece...

E quando o seu coração já entende mais

Já sabe separar o conteúdo da forma...

O corpo fenece...

Bem na hora em que a alma

Mais se plenifica...

Não se pode crer que Deus,

Em sua Bondade Infinita,

Corte o fio da Vida

E não lhe dê continuidade...

Onde estaria a sabedoria

A perfeição, a bondade

Se tudo acabasse numa só vida?

Como acreditar que ELE

Onisciente, Onipotente,

Criasse para ver morrer

Simplesmente?

Quando a gente demora tanto

Pra crescer e ser gente...

Impossível pensar

Que não há outra chance,

Outra lógica na Vida

Senão a de poder nascer e Renascer!

www.joselmavasconcelos.blogspot.com

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 06/05/2007
Código do texto: T476867