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Elo que me liga ao outro
Dos limites que me impõem os sentidos.
E da claridade dada pela inteligência.
Observo perplexo o mundo ao meu redor.
No momento presente.
Intuo a magnitude física da realidade.
Vaga dimensão desse grandioso cenário.
Em algum lugar no espaço infinito.
Num ponto preciso do tempo implacável.
Sou testemunha da existência impassível.
Conto-me entre os que precisam saber.
Movo-me em busca dos motivos.
Meus pés querem o mapa do caminho
Há algo que meus olhos não vêem.
Que minha mente não percebe.
Mas que deixa pistas em meus sentimentos.
Na beleza que meus olhos invade.
Oculta-se o flagelo das dores humanas.
E o meu peito dilacera a cada passo.
Desse sofrer brota maturidade.
Um doce equilíbrio nascido de escombros.
Mas me falta acreditar que tudo faz sentido.
Careço daquela tranquilidade de quem sabe.
Dos que dominam aquilo que fazem.
Dos que sabem por onde andam.
Chamam de fé essa certeza.
Bússola para os que a têm.
Absurdo para quem não a conhece.
Um Criador, fonte primária.
Uma origem, de onde viemos.
Um destino, para onde vamos.
Um por quê, de existirmos.
Na conjugação desses elementos.
A fé se constrói e alimenta.
E eu de meu lado observo atônito.
Nas verdades de cada um.
Fragmentos da verdade maior
Da qual bada sei ainda.
Quero saber, mais do que acreditar.
Quero conhecer,mais do que aceitar.
Quero estar em paz com minha inteligência.
Creio na limitação das crenças.
Na subjugação dos dogmas.
Na insuficiência das instituições.
Creio também no poder do amor.
Nos benefícios do perdão
E na força da solidariedade.
No elo que me liga ao outro.
A resposta jaz cristalina.
Eis que me aparece.
Um provável sentido pra tudo!