A Árvore da Vida
“E aconteceu que vi uma árvore cujo fruto era desejável para
fazer uma pessoa feliz”.
(1 Néfi 8:10)
A voz do inimigo ressoa alta e forte nos ouvidos
Em meio às névoas do destino pela Terra.
Nem sempre é possível achar o caminho.
As pegadas seguem doridas e cansadas no deserto
E os joelhos por vezes fraquejam no chão.
Quais são os anjos em que podemos confiar?
Quais são as mãos amigas que se estendem?
Quais são os que nos empurram pelo caminho?
Há mãos e garras, aranhas e plumas nesse solo.
Às vezes a mais bela rosa esconde o pior espinho,
Os mais belos lábios lisonjeiam com falsidade.
A morte se esconde por trás da esquina errada.
Onde está a recompensa dos nossos esforços,
Onde está a terra que tanto dizem estar prometida?
Entre muitas matas e florestas, ermos desertos,
Divisa-se tão longe a luz da árvore da vida...
Lá espera como promessa, pelo peregrino fiel,
Aguarda, como um oceano após o deserto.
Mas tantos se apertam e se empurram pelo caminho
É cada vez mais difícil e dolorido para lá chegar.
Em meio a rios de imundície e profundos abismos,
Em meio à maldade que ergue prédios pelo ar,
Há uma rota, um caminho seguro para os passos?
Devagar, vê-se uma vara de ferro pelo chão,
A barra de fé, esperança e da humildade.
Lentamente restaura-se o amor nos corações,
Muda-se a vida e todos os atos, pensamentos.
É difícil sentir-se sozinho na escuridão;
Busquemos, pois, luz em nossas marcas no mundo.