Eternidade embaralhada
Navego em barco de comando desconhecido
Onde não há presente, passado ou futuro
Até onde a visão alcança apenas água
Onde cenas vivas que se sucedem aleatoriamente
Vendo sempre o mesmo “figurante” em trajes diversos
Que vem e vai bailando ao sabor da brisa
Cuja lembrança logo se esvai como fumaça
Fico neste contexto como “observador” de mim
Nada retendo dos sentimentos que vem a superfície
Percebo-me alma num oceano incognoscível
Buscando nas luzes do céu um propósito de sanidade
Diante a percepção de tamanha “loucura”,
Promovida por uma eternidade embaralhada em mim