Os egos e a sua verdadeira morte
Espelhados em frente a mim
vejo minha multidão de egos.
O ego do medo, o ego da raiva,
o ego da desilusão, o ego da vaidade.
O ego da maldade, o ego da imoralidade,
o ego do desespero, o ego da descrença,
o ego do desamor, o ego da infelicidade,
o ego da cólera, o ego da tristeza.
São tantos e tão variados
quanto existem pessoas no mundo.
Nem se eu pedisse à Mãe Divina
que destruísse a todos, eles não se acabariam.
A emoção de olhá-los todos assim me faz perplexo.
Por hora, contento-me a vê-los em espelhos.
Conscientizo-me deles em meditação
e espero que suas imagens morram por si mesmas.
Certo de que o universo tem seu tempo
para tudo e para todos
sem atropelos, sem falsas ambições
que seriam apenas mais um dos inúmeros egos de então.