Na lua que emoldura o horizonte vernal,
Tua tez, é sóbrio sofrimento, lagrima guardada, lenimento!
Meu corpo é denso tormento, que me prende ao lamento das dores.
O que oferecer?
A espada, a cruz, o silencio?
O que tens comigo?
Emudeço as palavras, que se volvem em sonhos lúgubres.
As janelas de minha prisão são olhos da fúria!
Meus choros são lagrimas de mar, que explodem nos rochedos!
E mais uma vez te vejo;
Sideral cruz arremessada à forma.
És tu, novamente humano, vejo tuas cicatrizes.
Tua barba, tua capa, teus símbolos e sinais.
Jorge é a noite plena, a cruz, a explosão.
Jorge é negro. Irmão divino - divino irmão!
Jorge é o cruzeiro e a alma, a palma e a solidão.
Filhos do mesmo pai divino,
Amargamos o vinho doce, somos guerra e açoite.
Tu me apontas a cruz e me faz forte decisão
Não hoje não! Não deitarei a sombra da languidez.
A vida é feita de magia, dor e perdão,
Hoje é o ultimo dia!
O amanhã?
O sol apontará!