O avesso da vida
Na plataforma desta estação
Bate este coração sem juízo
De que lado vem o trem ou pra onde vai me levar
Não sei!
Mas tenho a fé que na minha bagagem
Levo a esperança de dias melhores
Vou rasgando os horizontes
Em meio aos montes nesta locomotiva
E o que me motiva é a saudade da terra de onde vim
Da janela deste trem
Sou apenas mais um
Que tenta voltar pro lugar onde reina a paz
Mas onde é?
Carrego comigo a vaga lembrança que trago em sonhos
Que a viagem de volta é bem longa
Vou chorando e vou sorrindo
Despedindo e chegando
Até que chegue a hora de um definitivo adeus
A morte para mim não existe
Ela é o avesso da vida
E a vida está do lado de lá dessa montanha negra
Eu vou!
Vou chegar lá despojado deste uniforme
Mas quero olhar pra trás e dizer: “Valeu a pena.”