Expurgo II

Lotearam a terra que é de todos
semearam árvores frutíferas
Cercaram e fizeram-se donos

Fizeram tantos cômodos para poucos
de um mundo grande fizeram um lugar pequeno
onde homens não têm posse do que é seu por direito...

O mundo sim é perfeito...
mas o imperfeito invadiu em posse violenta
criaram moeda materializando ilusão
de que se pode dominar o que é de uma multidão...

sete bilhões de homens doentes...
embaralhados, desfragmentados
tomando pra si a parte da alma do irmão do lado...

Donos do que o criador ofertou para toda criação
donos dos filhos, dos amores, dos amigos
donos, proprietários esquecidos do perigo da paixão...
Donos da terra, da comida, e das flores campeiras
posseiro de almas gêmeas alheias...

Poderosos, impávidos, dominantes
Pobres criaturas errantes...
São apenas carnes e ossos brincando com a sorte
são donos de tudo, menos da vida, não podem com a morte

E quando ela chega, sorrateira, e ligeira...
compreendem que não era na carne
mas na alma que estava a grandeza da explosão
da primal estrela...

Choram, pedem e voltam
e a vias se mostram estreitas...
Justa lei...
vitimas se tornam das próprias fronteiras...

E do céus Deus chora...
pois sabe ele que chegará a hora
que nem Nostradamus previu
no Futuro seremos uma bolha de água que explodiu!

E nossas almas divididas...

Parte nas cavernas quebrando pedras
redescobrindo a graça do toque, dos aromas, do sabor
Outra parte, ínfima parte, trará para estes o fogo
surgindo como deuses em um disco voador!

Boa sorte ao mundo perdido no espaço
que receberá esse povo destruidor!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 09/02/2014
Reeditado em 09/02/2014
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