Quimera ambulante
Os uivos da noite abriram alas ao silêncio
Conflitos vieram da dor que não se iguala
Emoções em volta de o nada a declarar
Razões sem ter razão de alguma razão
Solidão que não fica calada de jeito nenhum
Alegria que perde a graça na estranhas da tristeza.
Escombros que não fazem sentido onde estão.
Teto de vidro sem casa.
O ar tem gosto amargo e doce ao mesmo tempo.
Lembranças se lembram de não se esquecer.
O bem-te-vi chora e não canta.
Cadê a percepção do estar no mundo?
Os lobos estão soltos e andam beijando folhas.
Será que as pessoas vão viver só de utopia?
Corações calados gritam no seu infinito escuro.
Mentes podres andam risonhas por aí para aprontar pela noite.
Caos de memórias falhas e negligentes.
Onde está todo mundo?
Foram aonde?
Os sonhos humanos foram até Marte.
Esqueceram-se de voltar ao planeta Terra.
Que pena.
Utopicamente o devaneio dá sinal de quimera.