A Caçada Selvagem

Oh, Gwynn, que cavalga nas horas escuras

Cuja floresta é o lar e que é o regente da Caçada Selvagem.

Tua cavalgada que corre entre os mundos

Com os cães negros de Annwn uivando,

Com as almas dos guerreiros seguindo,

A colheita das almas realizando.

Tua cavalgada que corre nas noites de inverno,

Para os feixes das vidas dos homens ceifar,

Para que o novo ocupe o seu lugar,

Para o passado enterrar.

Tua cavalgada com os cães de Annwn,

Que os homens temem como a Morte,

Que os sábios veem como do passado o corte,

Que ocorre quando as almas estão à sua sorte.

Três bênçãos do Céu para o que entende essa sorte

Que sabe que a vida sempre existe com a morte.

Que sabe que todos partem um dia,

Que entende que ainda há lembrança onde uma pessoa havia.

Três bênçãos da Terra para o que entende essa sorte

E que, na vida, permaneceu forte.

Que sabe que a vida na terra exige o trabalho,

Que sabe que o honrado deixa essa vida orgulhoso.

Três bênçãos do Mar para o que entende essa sorte,

E sabe que o uivo dos cães de Annwn é mais que um corte.

E que sabe que o rompimento na era mais fria é um sinal,

De que o passado se foi, e a vida continua afinal.

Nós ouvimos o sinal das eras,

E entendemos que tudo é um ciclo,

Abandonar o passado é das lições mais duras,

Mas todo rompimento é apenas uma viagem.

Sempre haverá um reencontro posterior,

Essa é a lição que nos passa, tu

Que é Gwynn, que cavalga nas horas escuras

Cuja floresta é o lar e que é o regente da Caçada Selvagem.

Publicado originalmente em barddkunvelin.wordpress.com

Wallace William
Enviado por Wallace William em 26/12/2013
Código do texto: T4625376
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