A Caçada Selvagem
Oh, Gwynn, que cavalga nas horas escuras
Cuja floresta é o lar e que é o regente da Caçada Selvagem.
Tua cavalgada que corre entre os mundos
Com os cães negros de Annwn uivando,
Com as almas dos guerreiros seguindo,
A colheita das almas realizando.
Tua cavalgada que corre nas noites de inverno,
Para os feixes das vidas dos homens ceifar,
Para que o novo ocupe o seu lugar,
Para o passado enterrar.
Tua cavalgada com os cães de Annwn,
Que os homens temem como a Morte,
Que os sábios veem como do passado o corte,
Que ocorre quando as almas estão à sua sorte.
Três bênçãos do Céu para o que entende essa sorte
Que sabe que a vida sempre existe com a morte.
Que sabe que todos partem um dia,
Que entende que ainda há lembrança onde uma pessoa havia.
Três bênçãos da Terra para o que entende essa sorte
E que, na vida, permaneceu forte.
Que sabe que a vida na terra exige o trabalho,
Que sabe que o honrado deixa essa vida orgulhoso.
Três bênçãos do Mar para o que entende essa sorte,
E sabe que o uivo dos cães de Annwn é mais que um corte.
E que sabe que o rompimento na era mais fria é um sinal,
De que o passado se foi, e a vida continua afinal.
Nós ouvimos o sinal das eras,
E entendemos que tudo é um ciclo,
Abandonar o passado é das lições mais duras,
Mas todo rompimento é apenas uma viagem.
Sempre haverá um reencontro posterior,
Essa é a lição que nos passa, tu
Que é Gwynn, que cavalga nas horas escuras
Cuja floresta é o lar e que é o regente da Caçada Selvagem.
Publicado originalmente em barddkunvelin.wordpress.com