QUAL DE NÓS?
Qual de nós, em qualquer posição no mundo
Poderá entender puro sacrifício
Que se faz no silêncio de um martírio
Lágrimas a verter um amor profundo...
Qual de nós, sob nuvem de injustiça
Calará coração e, sob tristeza
Enlevar oração numa certeza
Perdoando cruel mente enfermiça...
Qual de nós, a qualquer tempo e momento
Esquecendo-se de tudo... De si mesmo
Defendendo o bem, quando o mal a esmo
Lança espinhos no peito do sentimento...
Qual de nós, na primavera da idade
Abre mão dos jardins em flores formosas
Por inverno nas estradas dolorosas
Na certeza final da felicidade...
Qual de nós, sob injúria e calúnia
Nas pessoas mais caras do coração
Leva fardo no ato das próprias mãos
Na mais humana Divina renúncia...
Qual de nós pode mais que uma menina
Cujo nome Célia, em triste história
De um livro que resgata da memória
Fé e coragem da alma peregrina...
Qual de nós... Todos nós, das sendas floridas?
Descerão ao lodo fundo que se toma
vida? Como esse anjo que desde Roma
Fez da dor a luz de um sol por toda vida...
(Agradecimento a Chico Xavier, por essa história, entre tantas psicografadas em sua vida de renúncia – do livro "50 ANOS DEPOIS" - continuação do livro "Há dois mil anos")
Autor: André Pinheiro
26/09/2013