NUNCA VI PAPAI NOEL...

Natais sem par já vivi...

E o lendário velhinho

Para mim, é um passarinho

Que fez ninho no areal

Das minhas crenças remotas...

Nunca vi, nem fui premiada

Com um miminho qualquer...

Pronta ao que desse e viesse,

Sem ilusão minha prece.

Hoje adulta, uma mulher,

Sei que não fui seduzida

A ponto de alardear

A sua ação tão querida.

A minha vida vivida

Cheia de espinhos e cardos

Meio a verdade dorida

Não botou renas nos ares

Em meio aos fogos festivos

pois feita de sacrifícios...

Torço sim, que uma magia

Tornasse amena essa via

Com imagem mais concreta.

Mundo de imagens patéticas

Não roubam de mim sorrisos...

Olhos de anacoreta,

Na mão que acalenta o frágil

Ação que semeia a paz

Encanto que me enleva.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 04/12/2013
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