A História (sob uma visão reencarnacionista)
A grande humanidade que habita esse planeta
Já teve várias fases, e nelas eu me incluo.
Por tê-las presenciado, se as rememoro eu suo!
Eu vou fazer de conta que tenho uma luneta,
Na mente, inspiração, nas mãos uma caneta,
Pra desvendar aos poucos,
Com a mágica dos loucos,
A minoria delas,
Pois não sou historiador.
Tornar as linhas belas,
Esse sim é o meu labor!
Iniciarei na pré-história,
Onde fui homem das cavernas,
Eu inda guardo na memória
Que minhas ações não eram ternas.
Pelo contrário: eram rudes,
Lá, todas minhas atitudes
Eram pautadas no egoísmo.
Eu era nômade e caçava,
Não tinha ainda a agricultura,
Que facultou sedentarismo.
Nesse período eu me mudava
Constantemente e abandonava
Cada família que eu deixava.
Não tinha a mínima cultura,
Minhalma, longe de ser pura,
Era grotesca
E animalesca.
Mas quando os laços se romperam,
(Os que me uniam à matéria)
Os guardiões me receberam,
Pois percebiam a miséria
Em que o meu ser, recém-saído
Dos reinos inferiores da natureza,
Se debatia, mas, renascido,
Eu pude então melhorar
De patamar
E galgar
Alguns degraus de nobreza;
Pois fiz parte de uma tribo um pouco mais evolvida,
Muito à frente dos contemporâneos de sua era.
E a partir da invenção de uma tal escrita,
Fui deixando aos pouquinhos de ser mera fera.
Foi entre os sumérios que enfim descobri
Meus dotes literários pela primeira vez,
E percebi que, terminando as frases de modo igual,
O texto ganhava em beleza,
Aprendi isso com um dos primeiros poetas de que se tem notícia...
Alguém genial, seu nome eu já esqueci,
Pois já faz muito tempo e... eu nunca mais o vi.
Ele era e creio, ainda deve ser, um prodigioso escritor cortês,
Se seu trabalho chegasse aos dias atuais, encantaria vocês!
Depois que desencarnei, tendo embasado meu trabalho no mal,
Pela Lei de Justiça, fui parar num umbral,
E nesse local, meus amigos, imperava a tristeza.
Lá fiquei por dez anos, refletindo e conclui que a destreza
Que se tenha em qualquer área de ação deve ser usada com perícia,
E sem deixar que nos invada e consuma a malícia!
Você notou o que eu acabei de fazer?
Escrevi cinco versos e logo após mais dez.
Você, logo de cara, não chegou a perceber;
Se conseguiu visualizar, parabéns, ás tu és!
Dos quinze, o primeiro rimou com o sexto e o sétimo;
O segundo combinou com o oitavo e o nono;
O terceiro, com o décimo primeiro e o décimo;
Espero que pensar nisso não tenha te dado sono.
O quarto, você agora já sabe,
Com os versos de número doze e treze;
E o quinto... bem, continuar não me cabe,
Senão essa epopeia só findará daqui a seis meses...
Nós vamos agora dar um salto na História,
E com isso acompanhar uma parte da trajetória
Que eu um dia pude viver lá na terra dos Faraós.
Pra enlaçar essas existências, esses versos são nós.
No Egito, adivinhe... nunca fui poderoso,
Era um simples escravo, nem um pouco ditoso.
Nas poucas horas em que não sofria
Com a maldade de meus senhores,
Certas “leis” eu infringia
Pra aplacar minhas dores!
Meu trabalho e dom poético
Eram totalmente ocultos.
Meu senhor não era ético
E não concedia indultos.
E assim eu segui sempre até
O fim de meus dias em vida.
Ao menos eu tinha uma fé:
Rever minha esposa querida
Que, sendo açoitada no tronco,
Perdeu o filhinho, fruto do nosso amor
E se foi, por não resistir a tanta dor.
Embora eu fosse um tanto bronco,
Chorei por anos e anos,
Olvidei todos os meus planos,
E alcancei enfim a liberdade
Dos grilhões da esfera carnal,
Quando cheguei à Pátria de Verdade,
A saber: O Mundo Espiritual!
O primeiro lugar onde vivi,
Em que eu pude dar vazão ao meu talento,
Foi a Grécia, pois lá eu convivi
Com filósofos, e assim o meu intento
De espalhar os frutos
De minha criatividade,
Pra consolar os lutos,
Legando luz à humanidade;
De embasbacar astutos
Com muita originalidade,
E arrebatar argutos,
Usando a inventividade;
Pôde em Atenas
Ser aclamado,
Eu fui apenas
Mais um artista,
Nem criticado,
Nem venerado...
Não fui Homero,
Muito menos conhecido de Sócrates,
Mas o que eu quero
É dizer que fui compadre do Hipócrates,
Grande pai da Medicina
Mente sã, corpo são!
E você nem imagina,
Fui parar na prisão,
Pois os versos que escrevia
Criticavam o alto escalão
Do poder.
Nesse tempo eu ainda não sabia
Que pra ter liberdade eu não devia
Em polêmica e confusão
Me envolver.
Enquanto Jesus Cristo aqui vivia,
Em meio ao povo hebreu, que não o compreendia,
Eu não tive contato
Direto com Sua Luz,
Embora eu saiba um fato,
O qual ninguém deduz:
Um indígena era eu lá na América do Norte,
Nessa vida fui suicida, apressando minha morte.
Quando tinha trinta anos, desgostoso com tal vida,
Resolvi beber um chá, pois não via outra saída.
Justificativa plausível não existe,
Embora até eu suponha que fiquei depressivo,
Porque lá em minha aldeia e em toda aquela região
Não havia escrita; por isso é que mais triste
Com a vida eu fui ficando, até que por tal “motivo”,
Fiz a ação mais infame e que inda tem repercussão
No meu corpo atual
Porquanto está em meu perispírito
Que eu pratique a moral
Pra redimir meu próprio espírito
Hoje eu já conheço o Mestre
Devo muito ao Evangelho
Amo o globo terrestre
Meu presente é um espelho
De minhas ações passadas
E eu considero o mesmo tão bom
Que eu penso que depois daquela mancada
Eu consegui fazer um bom uso do meu dom
Em breve estarei espalhando
Poemas de graça por aí
Essa idéia me veio
Quando eu refletia sobre as mazelas humanas
Só não esqueça que esse poeta que vos fala,
(Ou que vos escreve, como preferir),
Não fez nenhuma regressão
Pra saber de tudo isso.
Apenas deu asas à própria imaginação,
Onde ele jamais foi submisso (ou irritadiço).
E agora sua voz se cala,
(Por instantes breves, pra poder progredir),
Dando margem à caridade,
Caminho mais certo pra felicidade,
Que já está por perto, a nos convidar
A refazer nossa história, sempre com um novo olhar;
Pra afinal progredir,
Sem jamais desistir
De recomeçar
E seguir em frente,
O mal superar,
E amar simplesmente...
A grande humanidade que habita esse planeta
Já teve várias fases, e nelas eu me incluo.
Por tê-las presenciado, se as rememoro eu suo!
Eu vou fazer de conta que tenho uma luneta,
Na mente, inspiração, nas mãos uma caneta,
Pra desvendar aos poucos,
Com a mágica dos loucos,
A minoria delas,
Pois não sou historiador.
Tornar as linhas belas,
Esse sim é o meu labor!
Iniciarei na pré-história,
Onde fui homem das cavernas,
Eu inda guardo na memória
Que minhas ações não eram ternas.
Pelo contrário: eram rudes,
Lá, todas minhas atitudes
Eram pautadas no egoísmo.
Eu era nômade e caçava,
Não tinha ainda a agricultura,
Que facultou sedentarismo.
Nesse período eu me mudava
Constantemente e abandonava
Cada família que eu deixava.
Não tinha a mínima cultura,
Minhalma, longe de ser pura,
Era grotesca
E animalesca.
Mas quando os laços se romperam,
(Os que me uniam à matéria)
Os guardiões me receberam,
Pois percebiam a miséria
Em que o meu ser, recém-saído
Dos reinos inferiores da natureza,
Se debatia, mas, renascido,
Eu pude então melhorar
De patamar
E galgar
Alguns degraus de nobreza;
Pois fiz parte de uma tribo um pouco mais evolvida,
Muito à frente dos contemporâneos de sua era.
E a partir da invenção de uma tal escrita,
Fui deixando aos pouquinhos de ser mera fera.
Foi entre os sumérios que enfim descobri
Meus dotes literários pela primeira vez,
E percebi que, terminando as frases de modo igual,
O texto ganhava em beleza,
Aprendi isso com um dos primeiros poetas de que se tem notícia...
Alguém genial, seu nome eu já esqueci,
Pois já faz muito tempo e... eu nunca mais o vi.
Ele era e creio, ainda deve ser, um prodigioso escritor cortês,
Se seu trabalho chegasse aos dias atuais, encantaria vocês!
Depois que desencarnei, tendo embasado meu trabalho no mal,
Pela Lei de Justiça, fui parar num umbral,
E nesse local, meus amigos, imperava a tristeza.
Lá fiquei por dez anos, refletindo e conclui que a destreza
Que se tenha em qualquer área de ação deve ser usada com perícia,
E sem deixar que nos invada e consuma a malícia!
Você notou o que eu acabei de fazer?
Escrevi cinco versos e logo após mais dez.
Você, logo de cara, não chegou a perceber;
Se conseguiu visualizar, parabéns, ás tu és!
Dos quinze, o primeiro rimou com o sexto e o sétimo;
O segundo combinou com o oitavo e o nono;
O terceiro, com o décimo primeiro e o décimo;
Espero que pensar nisso não tenha te dado sono.
O quarto, você agora já sabe,
Com os versos de número doze e treze;
E o quinto... bem, continuar não me cabe,
Senão essa epopeia só findará daqui a seis meses...
Nós vamos agora dar um salto na História,
E com isso acompanhar uma parte da trajetória
Que eu um dia pude viver lá na terra dos Faraós.
Pra enlaçar essas existências, esses versos são nós.
No Egito, adivinhe... nunca fui poderoso,
Era um simples escravo, nem um pouco ditoso.
Nas poucas horas em que não sofria
Com a maldade de meus senhores,
Certas “leis” eu infringia
Pra aplacar minhas dores!
Meu trabalho e dom poético
Eram totalmente ocultos.
Meu senhor não era ético
E não concedia indultos.
E assim eu segui sempre até
O fim de meus dias em vida.
Ao menos eu tinha uma fé:
Rever minha esposa querida
Que, sendo açoitada no tronco,
Perdeu o filhinho, fruto do nosso amor
E se foi, por não resistir a tanta dor.
Embora eu fosse um tanto bronco,
Chorei por anos e anos,
Olvidei todos os meus planos,
E alcancei enfim a liberdade
Dos grilhões da esfera carnal,
Quando cheguei à Pátria de Verdade,
A saber: O Mundo Espiritual!
O primeiro lugar onde vivi,
Em que eu pude dar vazão ao meu talento,
Foi a Grécia, pois lá eu convivi
Com filósofos, e assim o meu intento
De espalhar os frutos
De minha criatividade,
Pra consolar os lutos,
Legando luz à humanidade;
De embasbacar astutos
Com muita originalidade,
E arrebatar argutos,
Usando a inventividade;
Pôde em Atenas
Ser aclamado,
Eu fui apenas
Mais um artista,
Nem criticado,
Nem venerado...
Não fui Homero,
Muito menos conhecido de Sócrates,
Mas o que eu quero
É dizer que fui compadre do Hipócrates,
Grande pai da Medicina
Mente sã, corpo são!
E você nem imagina,
Fui parar na prisão,
Pois os versos que escrevia
Criticavam o alto escalão
Do poder.
Nesse tempo eu ainda não sabia
Que pra ter liberdade eu não devia
Em polêmica e confusão
Me envolver.
Enquanto Jesus Cristo aqui vivia,
Em meio ao povo hebreu, que não o compreendia,
Eu não tive contato
Direto com Sua Luz,
Embora eu saiba um fato,
O qual ninguém deduz:
Um indígena era eu lá na América do Norte,
Nessa vida fui suicida, apressando minha morte.
Quando tinha trinta anos, desgostoso com tal vida,
Resolvi beber um chá, pois não via outra saída.
Justificativa plausível não existe,
Embora até eu suponha que fiquei depressivo,
Porque lá em minha aldeia e em toda aquela região
Não havia escrita; por isso é que mais triste
Com a vida eu fui ficando, até que por tal “motivo”,
Fiz a ação mais infame e que inda tem repercussão
No meu corpo atual
Porquanto está em meu perispírito
Que eu pratique a moral
Pra redimir meu próprio espírito
Hoje eu já conheço o Mestre
Devo muito ao Evangelho
Amo o globo terrestre
Meu presente é um espelho
De minhas ações passadas
E eu considero o mesmo tão bom
Que eu penso que depois daquela mancada
Eu consegui fazer um bom uso do meu dom
Em breve estarei espalhando
Poemas de graça por aí
Essa idéia me veio
Quando eu refletia sobre as mazelas humanas
Só não esqueça que esse poeta que vos fala,
(Ou que vos escreve, como preferir),
Não fez nenhuma regressão
Pra saber de tudo isso.
Apenas deu asas à própria imaginação,
Onde ele jamais foi submisso (ou irritadiço).
E agora sua voz se cala,
(Por instantes breves, pra poder progredir),
Dando margem à caridade,
Caminho mais certo pra felicidade,
Que já está por perto, a nos convidar
A refazer nossa história, sempre com um novo olhar;
Pra afinal progredir,
Sem jamais desistir
De recomeçar
E seguir em frente,
O mal superar,
E amar simplesmente...