QUANDO SOLO O AZUL
Entrego-me a cismar, em plena madrugada;
Escuto a Noite – só. Como pano de fundo,
A imensidão do Céu, desperta, num segundo,
Indefinido temor, do fim desta jornada.
O que reserva o Além? Alguém responde - Nada;
Dizem que o Tudo é lá. Divino e Belo mundo
Existirá no Azul. São cismas que fecundo ...
Desejo de saber - o fim da caminhada.
Eis - vem nova manhã. Já não importa o final:
Agora o novo Dia solicita o meu Riso;
A Fé resgata a dor – e a plena Luz refaz,
O nexo de viver - num Tempo original.
Não mais me assombra o fim - Inferno ou Paraíso,
Que a Vida mostra aqui - criando alegre Paz...
18/10/2009
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Texto reeditado, reformulado, para aplicação à foto de Fernando Ferrari, Curso Além da Fotografia, Oficinas Mazzaropi. Foto: Céu.