MEU CANDOMBLÉ
Por vidas e vidas te trago escondia aqui dentro de mim
Cada vez que renasço não mudo meus passos para te encontrar
Às vezes te encontro cedo, outras num ultimo beijo e fim
Mas a felicidade pra mim é morrer e renascer com seu olhar
Quando estou em vida deixo a figa da vida me guiar
Pois às vezes um temporal pode nos unir pra não nos molhar
Outras vezes acontece um vento para um beijo meu ir te encontrar
Ouça o som das minhas guias e siga a sua linha e seu orixá
O tambor que marca o ponto já marcou o nosso encontro de abadá
Na água do útero recebi conselhos e tomei passe de mãe Iemanjá
Disse que numa macumba um olhar de nega ia me sarava
E os santos iam estar presentes para unir a gente e nos abençoar
Sabia que sua distancia fez que minha vida viver no umbral
Lágrimas perdida ao chegar ao rio vira um mar de sal
Não sei quantas vidas eu tenho vivido pra te conquistar
Mas todas as vezes que te reencontro é um novo recomeçar
Encarno e desencarno em busca deste nosso amor
Se um dia eu nascer e me perder saiba como você vai me encontrar
Meus olhos você verá nas noites que o céu mudar de cor
E a estrela cadente que cair do céu serão os meus beijos a te procurar
Daqui até o infinito a gente está unidos para não se separar
Você é minha guia e eu sou a sua fé
Eu sou seu pai de santo você meu candomblé