sobre despertar

Viver regrado, enclausurado

num paradigma que não excita

preso no passado, tenho teias em meu peito

é uma ofensa, sem licença poética

Desperto deste sono, durou mais que a própria vida

e pinto as paredes do meu quarto, quero amarelo

ou outras cores novas, hoje é um novo dia

quero mais do que simples tons de preto e branco

Sou a luz, chama divina

e a mudança, esperança

que o universo dentro de mim clama

quero queimar o meu futuro com todos esses amalgamas

Vivendo em um presente cheio de cor, sem dor

sem esperar amor, rancor de quem quer que for

apenas eu e estas tintas, estes pincéis

as telas, os papéis, não importa o viés

A pintura não para