O Teu chamado

Não,

não renegarei

o Teu chamado.

Haja

o que houver,

Custe

o que custar,

Os Teus sinais

irei buscar.

No vento,

na voz que ressoa

nas folhas das oliveiras

Na corrente,

dos rios que banham

os vales da esperança

No silêncio,

das montanhas do Sinai

na dança das dunas

Não, de forma alguma

renegarei

o Teu chamado.

Haja

o que houver,

Custe

o que custar,

No enfermo,

nas filas de hospitais

na agonia da doença

No operário,

nas portas das empresas

em busca de um trabalho

No menor abandonado,

nas esquinas das ruas

consumido pelas drogas.

O Teu chamado

me chega

através de sinais,

pequenos gestos,

a passos largos

ou curtos,

é neste caminho,

que quero andar,

é nesta hora

que quero estar,

Sendo viva presença

na vida de tanta gente

Recolhendo a palha

pra acender a chama

Que possa aquecer a noite

deserta e fria destes tempos

Que possa despertar pronta

a viver em Tua fonte inesgotável de luz.

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 25-Ago-13.