Quebrem-me!

Eu quebro tudo de mim:

O meu passado;

As minhas loucuras;

O meu pesadelo constante;

E até mesmo a própria sanidade

Tudo que está presente

Tudo que forma esses meus desastres

Quero quebrar-me, distanciar...

E quero agora!

Em pedaços, quero me reconstruir...

Quem sabe, fugir daquele formato tão torto

Tão certo, tão medíocre...

Quero quebrar-me, sempre.

Sempre!

Quero o novo poeta;

O melhor camuflador;

Quero banhar-me nos novos erros;

Saborear essa dança descompassada

Quero ser quebrado em tantas formas...

Não quero o mesmo ritual ao me desfazer

Quero novos modelos, técnicas e práticas

Quero ser quebrado com sinceridade

Só assim, volto mais limpo e reorganizado;

Evoluo habilidades;

Reconstruo minhas bases;

Devoro meus novos monstros;

E entrevisto estreantes deuses do meu eu

Quebro-me!

Quebra-me!

Quebrem-me!

Quebrem-se, por favor!

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 12/08/2013
Reeditado em 07/08/2017
Código do texto: T4431452
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.