O simples
Pode ser um traço no branco
A fina flor da relva que cresce e ninguém vê
O grito do idoso no meio da madrugada
Aquele que se cala, e que somente o colorido e o aparentemente belo é visto!
O mais comercial e o mais agradável possível
O mais temeroso, o mais portentoso
O mais cruel e impiedoso
O que se cala diante da entrada da caverna
O que não se faz ecoar
O pobre, o faminto
O louco, o pássaro que voa só
Em círculos e círculos pequenos
Um eco do fundo de alguma garganta
Ou talvez de vaga-lumes submersos, que vivem nas profundezas do mar
Mares cinzentos, mas ricos em histórias
Céus numerosos, rostos enrugados – mas fortes e sábios
Uma folha que cai do céu
Uma Rainha que por pouca importância a bilhões some de nossas TV´s
Livros velhos, de grande valor, que muitos desejam e poucos lêem
Confrontando-se com seus próprios medos e os vencendo
Pode ser um braço sem pulseiras ou um hino de liberdade
Uma parede vazia, um quarto perfumado
- e que ali alguém já se amou por muitas noites –
Uma casa coberta, por uma redoma de amor e vínculos afetivos
Um pássaro abatido erroneamente, uma estória mal contada
Um rosto falso
Um desenho mal feito,
Feio
Mas com muito amor empregado
Pessoas falsas e sem faces
Atormentando e buscando por destruir suas vidas
-Uma simples negação-
Que anula todas as forças do inimigo!
Uma canção simplória, que lhe salva por toda uma vida
Um mestre desencantado,
que irrelevante, lhe dá todas as dicas e conselhos
e que próximo da morte, é ainda assim negado!
os calores, os amores e os vapores
toda a sorte de temperos,
inúteis, inválidos
toda a cólera de sua vida
os amores e os dissabores
tão pequenos e longe de tudo!
seu universo, fechado em seu guarda-roupas não é capaz de lhe ver
seus universo fechado em seu guarda-roupas
não é mesmo capaz de lhe ver.
E o anúncio da morte, que chega sem saber
Atormentando seu ego
E quando DEUS lhe diz: “Vem comigo!”
Tu te calas, e embranqueces a tez.
E finda-se tudo e todas as coisas se emolduram
No doce encanto daquela que foi sua vida
Na sua vida que poucos perceberam em glórias humanas
Mas que de DEUS reténs o maior tesouro:
ÉS DELE, FILHO!
AMEN, AMEN, AMEN!
O candeeiro revelado
O homem em forma de soldado
O único que não esmoreceu, ante o leão embriagado!
O leão adormecido
A porta aberta o segredo revelado
Para todos, para você e seus pais!
A religião que captura todos os seus sentimentos
Levando-o como a uma estrada para DEUS
Sem medo e o pudor de ser feliz
Com honestidade e poder
Com coragem e honra,
E força e amor
E beleza e nitidez de sua filiação com o Cosmos!