outono
Hoje é, domingo.
Estamos no outono, e faz frio.
O vento sul sopra forte
A tristeza invade m’alma.
Olho a minha volta, vejo árvores nuas.
Suas folhas, arrancadas pelo vento.
Jazem espalhadas pelo chão
Que aos poucos, sendo arrastadas.
Levadas de um lado para outro
Até que o chão completamente limpo
Nos faz, parar e pensar, que tudo.
Não passou de uma miragem
Mas não era, é o outono que chega.
Em sua magnitude...
De acordo com a natureza
Para que na primavera
Nossas árvores nuas, de hoje.
Tenham, suas folhas renovadas.
Como nossa fé, e a nossa esperança.
Que se renovam a cada dia
Como a natureza renova,
A cada alvorecer de uma nova manhã
Nos fazendo ver, o que não vimos ontem.
Por não prestarmos á devida atenção.
Mas que hoje chegam, como revelações.
De coisas que deixamos, guardadas.
Em algum lugar de nosso passado...
Volnei Rijo Braga