ENTRAR SEM BATER

Entrar sem bater

Hoje a morte bateu à porta,

Muito próximo de mim,

Levando minha prima Roseli

Quando ela poderia viver anos.

Ela sempre esperou este dia,

Em face de sua doença tratada,

Prolongou até aos sessenta anos.

Preparou a todos nós pra este dia.

Será que só morremos doente?

E os acidentados no transito!

As balas perdidas e os latrocínios,

Despedem-nos sem avisar!

Como são recebidas as notícias?

Os desamparados, que ficam,

As lembranças das ausências

A saudade e as recordações presentes?

É a vida morrendo,

È o abandono chegando,

É a descrença latente,

È a despedida do encontro.

Não morremos, descansamos.

Vagamos numa dimensão de fé,

Vigiamos os aflitos e crentes,

Esperamos um encontro real.

São vidas distintas e opostas,

Nascidas com o mesmo objetivo,

Trafegando em direções contrarias,

Mas que chegam ao mesmo lugar.

A matéria que nos fez, desfaz.

Mas a presença continua,

Se não em carne, mas espírito,

O mesmo que nos criou.

É Ele quem nos chama,

À sua casa nos espera,

Pois na terra foi o caminho,

E agora chegamos ao destino.

Aqui não há trevas é plena luz.

Claridade que nos irradia e aquece,

Sem fogo, mas com muito amor.

Assim foi Seu plano por nós!

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 12/07/2013
Reeditado em 31/08/2013
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