BONECOS

Chovem maus tratos de todos os lados

Não reagem. São múmias expectantes

À mercê de tanta maldade e ganância

Olhar vazio, pobres bonecos controlados

Indiferentes às agressões constantes

Num manifesto sinal de decadência

Tristeza e inércia da maioria deste povo

Assistindo lentamente à sua própria agonia

Um povo que desistiu de viver dignamente

Que se deixou fechar numa casca de ovo

Tão frágil e quebradiça mas que por ironia

Não consegue rebentar e tudo consente

Que se quebrem as amarras da mente

Porque outras, no mundo não existem

Acreditar é preciso, nesse poder imenso

Que afasta do caminho o lixo obstruente

Que abre a porta à sorte, que o mal retém

Que traz a paz, alegria e o amor intenso

Irene Conde.

2013/05/27

Irene Conde
Enviado por Irene Conde em 28/05/2013
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