Anjo babilônico.
O Crepúsculo surge,
os sinos soam.
Anjos como eu não voam.
Anjos como eu não tem asas.
Aqui é Babilônia,
todos pisam em brasas.
Pai,
se todos foram criados a sua imagem e semelhança.
Por qual motivo chora aquela criança?
Por qual motivo,
enquanto um burguês se esbalda,
extrapola.
Pelas ruas com tristeza,
ela chora.
Moço,
me vê uma esmola?
Por qual motivo,
seus filhos não enxergam de uma vez?
São todos iguais!
Larguem essa estupidez.
Se em teu nome criaste com tanto amor essa Terra.
Por que em teu nome,
também insistem em fazer guerra?
Pai,
eu entendo o seu sofrer.
Seus filhos andam fazendo
o seu Deus morrer.