Dia Santo
As fogueiras foram acesas no sentido norte
Colocaram, Samanta Verediana e Rebeca.
Uma do lado da outra estavam perto da morte.
Acusação: bruxaria!
Em baixo das hastes estavam seus homicidas,
Xerofágicos com seus abades olham friamente para Rebeca,
Que suplicou por misericórdia.
Consultado o humano Santo, o fato foi dado como definido.
Samanta olhava para o infinito, como se falasse com algo,
Pediu perdão...
Escorreu as lagrimas de teus olhos e a lavareda foi acesa,
E aos berros ela viu a escuridão...
O povo cheio de euforia aplaudiam e cantavam,
E em torno da fogueira da Samanta, rodopiavam,
Os abades laçavam sorte sobre o vestido,
E Verediana pressentiu seu fim.
Então cantou uma ciranda macabra e sexuada mirando o episcopado Ronaldo,
Este desviou o olhar, mas lembrou da canção,
Um dia antes fora a mesma que ela cantou,
Em sua cama antes da oração.
Então o carrasco ateou fogo,
Rapidamente a palha queimou,
E com as cinzas ela levou,
Para o abismo onde o Filho não habitou.
Rebeca solicitou umas palavras.
Os abades a deixou.
Então berrou:
Maldito sejas o sacristão!
Que mata em nome da religião!
Maldito o religioso!
Que mata por ser invejoso!
Maldito o pastor, que não acolhe a ovelha!
Maldito este júri que traiu Cristo!