Vilanela tocada

Eu canto a vida que se espanta

Ao som do peito facial;

Eu verso e vivo a chama santa...

Eu guardo a música que encanta

O vento liso e angelical.

Eu canto a vida que se espanta...

A vida queima na garganta!

E esconde o cântico imortal,

Eu verso e vivo a chama santa...

A chama ardente se levanta

E queima a fórmula carnal.

Eu canto a vida que se espanta...

Na corda langue e sacrossanta

Eu vibro um toque gutural,

Eu verso e vivo a chama santa...

Há tanta ardência, ardência tanta

Nas vidas vítreas d'um jornal,

Eu canto a vida que se espanta...

A vida apraz de nossa janta

Eu canto em verso sem final,

Eu verso e vivo a chama santa...

Eu colho aquilo que se planta

Num vale branco, surreal...

Eu canto a vida que se espanta,

Eu verso e vivo a chama santa...

18/02/13

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 16/03/2013
Código do texto: T4191253
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