DUETOS, (ESBOÇO CONTEMPORÂNEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)
APENAS MULHER?
Entendeste o que para mim significaste?
Significou o sopro do vento e a brisa quente
Sou-lhe grata por tanta e tamanha devoção
Conseguiu fazer tudo aqui ser só vibração
Sim! Mostro a ti a face rubra da paixão
Onde depuseste os teus beijos em profusão
Saiba... Que de ti... Jamais me separei
Mesmo nos braços doutro foi em ti que pensei
No palco iluminado em que vivemos
Em plena vida é que aprendemos
A conhecer as almas (em destinos) desiguais
Sempre estive aqui a te esperar
Mas... Demoraste e pus outro em teu lugar
E esse imenso vazio... Só Deus há de perdoar!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ÓDIO
Mataste as ilusões e toda crença
De minh’alma de ingênuo e apaixonado.
Acreditei em ti, e a recompensa,
Foi o desprezo que tu tens me dado
Mas saiba que tu fizeste a diferença
Não me odeie pois só te fará mal
Aproveite das boas e eternas lembranças
Pois aí é que reside a luz do sinal
E hoje nesta triste solidão
Em que me vejo só, sem teu amor
Eu sinto que te odeia o coração
Aproveita que estar só pode ser benção
Quando povoado de plenas emoções
O ódio apenas gera ódio... Tenha compaixão!
Perdoar é e sempre será o melhor remédio
Porque você foi e será o meu melhor sonho!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
AGONIA
Desde o dia em que foste embora
Deixando só a tristeza que assola
Ninguém substitui o que foste outrora
Só o teu amor me revigora e consola
As vezes me pergunto meio que demente
O que fiz para sofrer tanto assim?
Será algum tipo de carma indolente
Que veio zombar feito um arlequim?
Mas... Haverei de me reerguer
Chega! Não agüento mais tanto sofrer
Volta! Fica ao meu lado até depois de morrer
De que vale viver? Oh! Negra sorte
Daí-me, por compaixão, Senhor, a morte
Para que meus tormentos tenham fim.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ALTIVEZ
Não julgues que este amor que me alucina
É servil, ou quem sabe? Falsidade
Se o teu olhar agora me fascina
Pode amanhã me causar piedade
Longe de mim julgá-lo bravo e querido
És nobre em sentimento e portas a verdade
Espelho os meus olhos nos teus iluminados
Quero que transmitas essa Luz na eternidade
Se coube no meu peito tanto amor
O meu desprezo, ódio, o meu rancor,
Dentro em meu peito certamente cabe
Fique em paz e não sofras mais essa dor
Nem ressentimentos que arranham os sentimentos
Esteja certo que aqui onde estou eu te dou valor.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
PAI JOÃO
Preto velho, quebrado, suarento
E que cheira a budum, não tem história.
É mulambo de gente que a memória
Doutros homens varreu do pensamento
Foi a cultura européia escravocrata
Que o levou à submissão humilhante
Matando na origem o poder da raça valente
Dominação dos brancos impuros e déspotas
Sua sorte mesquinha e irrisória
Tem lhe causado tanto sofrimento
Pensativo, a olhar o firmamento
Vai revendo o passado “vida inglória”
Veio de ancestrais enclausurados e amordaçados
Criado a pão e água à toque áspero de chibata
A relembrar o quão a vida é desgraçada
Quando cerceado seus direitos arrebatados
Eu sou, tal qual esse Pai João,
Um coitado triste, e o motivo?
Minha vida... Pior que a escravidão
Levanta a fronte bravo guerreiro
Sois o mais legitimo povo brasileiro
Que tudo suporta e é altaneiro.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
Veja em vídeo:
DUETOS (ESBOÇO CONTEMPORANEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)
http://www.youtube.com/watch?v=tkA_L41vO14&feature=youtu.be
APENAS MULHER?
Entendeste o que para mim significaste?
Significou o sopro do vento e a brisa quente
Sou-lhe grata por tanta e tamanha devoção
Conseguiu fazer tudo aqui ser só vibração
Sim! Mostro a ti a face rubra da paixão
Onde depuseste os teus beijos em profusão
Saiba... Que de ti... Jamais me separei
Mesmo nos braços doutro foi em ti que pensei
No palco iluminado em que vivemos
Em plena vida é que aprendemos
A conhecer as almas (em destinos) desiguais
Sempre estive aqui a te esperar
Mas... Demoraste e pus outro em teu lugar
E esse imenso vazio... Só Deus há de perdoar!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ÓDIO
Mataste as ilusões e toda crença
De minh’alma de ingênuo e apaixonado.
Acreditei em ti, e a recompensa,
Foi o desprezo que tu tens me dado
Mas saiba que tu fizeste a diferença
Não me odeie pois só te fará mal
Aproveite das boas e eternas lembranças
Pois aí é que reside a luz do sinal
E hoje nesta triste solidão
Em que me vejo só, sem teu amor
Eu sinto que te odeia o coração
Aproveita que estar só pode ser benção
Quando povoado de plenas emoções
O ódio apenas gera ódio... Tenha compaixão!
Perdoar é e sempre será o melhor remédio
Porque você foi e será o meu melhor sonho!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
AGONIA
Desde o dia em que foste embora
Deixando só a tristeza que assola
Ninguém substitui o que foste outrora
Só o teu amor me revigora e consola
As vezes me pergunto meio que demente
O que fiz para sofrer tanto assim?
Será algum tipo de carma indolente
Que veio zombar feito um arlequim?
Mas... Haverei de me reerguer
Chega! Não agüento mais tanto sofrer
Volta! Fica ao meu lado até depois de morrer
De que vale viver? Oh! Negra sorte
Daí-me, por compaixão, Senhor, a morte
Para que meus tormentos tenham fim.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ALTIVEZ
Não julgues que este amor que me alucina
É servil, ou quem sabe? Falsidade
Se o teu olhar agora me fascina
Pode amanhã me causar piedade
Longe de mim julgá-lo bravo e querido
És nobre em sentimento e portas a verdade
Espelho os meus olhos nos teus iluminados
Quero que transmitas essa Luz na eternidade
Se coube no meu peito tanto amor
O meu desprezo, ódio, o meu rancor,
Dentro em meu peito certamente cabe
Fique em paz e não sofras mais essa dor
Nem ressentimentos que arranham os sentimentos
Esteja certo que aqui onde estou eu te dou valor.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
PAI JOÃO
Preto velho, quebrado, suarento
E que cheira a budum, não tem história.
É mulambo de gente que a memória
Doutros homens varreu do pensamento
Foi a cultura européia escravocrata
Que o levou à submissão humilhante
Matando na origem o poder da raça valente
Dominação dos brancos impuros e déspotas
Sua sorte mesquinha e irrisória
Tem lhe causado tanto sofrimento
Pensativo, a olhar o firmamento
Vai revendo o passado “vida inglória”
Veio de ancestrais enclausurados e amordaçados
Criado a pão e água à toque áspero de chibata
A relembrar o quão a vida é desgraçada
Quando cerceado seus direitos arrebatados
Eu sou, tal qual esse Pai João,
Um coitado triste, e o motivo?
Minha vida... Pior que a escravidão
Levanta a fronte bravo guerreiro
Sois o mais legitimo povo brasileiro
Que tudo suporta e é altaneiro.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
Veja em vídeo:
DUETOS (ESBOÇO CONTEMPORANEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)
http://www.youtube.com/watch?v=tkA_L41vO14&feature=youtu.be