Havia no caminho
Ano passado, foi um ano marcado pela enfermidade na reles e pequinês, minha vida. Ela chegou com força, pra me derrubar, sabe? Pra não dizer que de todo, foi um ano perdido, consegui aproveitar os dois últimos meses.
Uma soma foi feita. O lado esquerdo, por três vezes senti repuxar. Indício de um possível derrame. Provavelmente o coração me acusando, não havia dúvida quanto a isso. Ela, a enfermidade, sua vontade, era me lançar fora, para onde o tempo não sopra e o poeta por sorte se torna um imortal.
Os pés incharam, temi ficar necrosada, e não poder mais andar.
As lentes de minha alma. O aparelho que me dá o foco. Sim, meus olhos, quiseram apagar.
Não tenho o hábito de cere em besteiras... Paranoia? Ou era eu a prova? Sei lá! Só sei que a partir de tantos aborrecimentos, todos a minha volta se tornaram suspeitos (risos).
Mas o ser humano é feito espelho
Lança de volta qualquer que seja o pensar
“Mandingas a parte, práticas sem sortes
Meu nome na boca do sapo?
Ah, sapo cururu perdoe aos idiotas”