Os Espinhos da Roseira

Ninguém quer a dor gratuitamente...

na verdade, não a queremos de forma alguma;

mas precisamos ter cuidado se, de repente,

descobrirmos que (estranhamente) não há nenhuma.

Nessa vida, a presença do espinho

é tão natural quanto se faz necessária,

porque (para a alma) é um tipo de carinho...

um antídoto para uma felicidade imaginária.

Pois, certamente, ser feliz sem sofrimento

(como se vivêssemos num suposto paraiso)

não é para esse mundo (nesse momento)...

e, para sê-lo um dia, será preciso

que nos depuremos com a dor de agora

(seja ela quando, onde e como for),

para que, ao chegar a (inevitável) hora

de se estabelecer o mundo do amor,

não descubramos que essa felicidade

(que, hoje, não passa de mera ilusão)

foi uma doce armadilha, na verdade,

que nos prendeu numa amargável acomodação;

nos afastando, assim, da felicidade real;

feita do que se é ( e não do que se tem);

onde nem tudo que causa dor, é um mal...

e nem tudo que dá prazer, é um bem...

e, assim, nos obrigando a um "outro lugar"...

a uma outra condição...a uma nova diretriz...

que nos ensine a velha lição de amar...

amar para evoluir!...amar para ser feliz!

Portanto, cuidemos da colheita verdadeira,

cultivando só as alegrias que têm raízes !...

pois, a seara desse mundo é como uma roseira :

com espinhos entre as rosas (que são os momentos felizes).

04-02-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 05/02/2013
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