DEUS NUNCA ERRA!
Caros Amigos (as) do Recanto das Letras! Resolvi contar em versos uma história contada pelo Pe.Wagner Ruivo, na homilia deste Domingo, 27/01/13, na Paróquia São José Operário-Sorocaba-SP. Em versos a história pode parecer longa... Mas vale a pena ler!
DEUS NUNCA ERRA!
Certo rei, muito descrente, questionava o seu servo,
Num dos cantos d’uma longínqua terra;
Pois o seu servo vivia todo cheio de alegria,
E alegre repetia: Temos um Deus que nunca erra!
Eis que um belo dia, o rei esta ordem passa:
Prepara os dois melhores cavalos,
Ouça bem o que vos falo, e vamos comigo pra caça.
E, então, nessa caçada, por uma fera o rei é atacado.
Mas, tendo um servo amigo, por ele é resgatado,
E, por estar ferido, e pela própria vida, estava a tremer de medo;
Tivera a sua vida salva, mas ainda assim faz a ressalva:
Ah! O teu Deus que nunca erra! Quase que a gente se ferra!
E ainda, não salvou-me da perda de um dedo!
O servo foi levado ao calabouço, por ordem do descrente rei,
Pelo dedo que havia perdido durante aquela caça;
E, enquanto prendia o servo o rei dizia:
Vamos ver se o Deus que nunca erra,
Desce aqui na terra e tão pobre ser abraça.
Mas, o rei, um dia sozinho, saiu para nova caçada,
E, no meio de densa floresta, foi pego pelos canibais,
E posto de ponta cabeça, a olhar o enorme tacho,
Que cheio de água fervia;
Foi quando um dos canibais, quase a tremer de medo,
Percebeu, naquele homem, a falta de um dedo,
E, como oferecimento aos deuses, o pobre rei não servia;
Foi solto. E, num desesperado galope,
Voltou para o seu castelo a pensar no pobre servo,
E, quão injusto foi com ele, a reclamar da mão ferida;
E, enquanto galopava pensava: Quem sabe, aquele Deus que nunca erra,
Tenha salvado a minha vida!
Mas, ao chegar ao castelo, descrente de forma tamanha,
Tivera a força covarde... De ainda mais zombar:
E aí, querido servo, com vai a cela fria?
Está feliz em seu dia? Onde está teu Deus que nunca erra?
Ele já desceu aqui na terra? Onde está o teu altar?
O servo todo sorridente, levantando daquele limbo,
Ao rei falou com voz mansa:
É enorme a providência divina, minha alegria nunca termina,
Um pedaço do céu pode estar na terra. A final, nosso Deus nunca erra!
OH! Rei! Na tua mão falta um dedo. Estou eu neste calabouço...
Mas, por Ele estamos sãos;
Hoje não fui caçar contigo! Se eu tivesse ido... Meu amigo!
Eu não acho! Tenho certeza! Eu estaria naquele tacho!
Pois tenho todos os dedos das mãos!