Nova consciência...
Temos nós mesmos a possibilidade
De adquirir uma nova consciência?
Temos nós o poder de exaurir
Aquilo que nos faz humanos?
A percepção do que somos e do que sentimos há anos...
Será que esta se pode fazer nova
Porque nos abrimos ao inesperado?
Ao ecumênico... à diversidade e a novas descobertas...
Se isso for ter uma nova consciência...
Quero perder a minha velha ciência...
Quero perder a noção do que sou pra encontrar-me
Quero me inebriar pelo sincretismo...
Quero ouvir o diverso...
A flauta doce, o atabaque, o pau de chuva seleto...
Quero ver o reverso...
A luz nos tetos dos olhos, a cor vibrante por perto...
Quero juntar pontas com pontas
E transformar o branco papel
Sem graça numa garça...
Simulando babel
Descobrir a mandala ...
E a poesia que exala.
Abrir portas... desviar caminhos...
Desmanchar couraças
Alongar a curta vida...
E renovar sentidos
Sentimentos perdidos.
Perder-me-ei no mais fundo dos meus possos
Encontrar-me-ei no meu mais ilucido pensar
Despertar-me-ei do sonho pesado...
E abrir-me-ei a uma nova consciência.
Ângela Maria Pereira
Pós- Encontro da Nova consciência-
Campina Grande, Carnaval de 2007.